Uma necessidade da atividade policial é a atenção difusa. Por causa da falta de atenção, vidas são perdidas no "lado bom da vida certa". Quando estamos concentrados em uma situação, seja em que área for da nossa vida, principalmente as pessoas do sexo masculino, tendem a focar sua atenção unicamente no objeto da ação. Poucos são os que, sem treino, conseguem ter uma visão mais abrangente, quebrando o que chamamos de "visão de tunel".
Várias situações de stress podem desencadear essa deficiência de atenção, pois nosso instinto tende a se concentrar em um ponto para melhor resolução do mesmo. Em uma troca de tiros estamos tão focados em nosso alvo que não prestamos atenção nos arredores da situação, nossa visão periférica fica comprometida com nossa ação, que podemos ter a segurança comprometida. Somente com treinos específicos podemos diminuir essa característica do ser humano.
Abaixo temos um vídeo e gostaria que fosse analizado antes de continuar a leitura... Gostaria de saber se o policial efetuou uma execução fria ou se agiu dentro da lei. Para que você entenda o que estou falando, é necessário que você veja o vídeo antes de continuar a leitura do texto abaixo do vídeo.
Acima temos um exemplo da visão de tunel que ocorre em uma situação onde você não está passando nenhuma situação de stress, porém é levado a focalizar uma situação primária de distração sem notar uma situação secundária de real perigo.
O vídeo mostra a ação de dois policiais, onde um deles dá voz de comando para um bandido colocar a arma no chão. No caso em tela o bandido carrega um fuzil. Quando o policial que vem por trás do bandido efetua disparos, vindo a acertar o mesmo.
Legítima defesa ou execução?
Veja o vídeo novamente, agora notando que enquanto ele coloca o fuzil no chão, com a mão direta tenta puxar uma pistola, sendo então atingido pelo policial que está atrás... agindo então em legítima defesa. Veja que quando o bandido cai no chão, a pistola já está em sua mão. A ação do segundo policial certamente evitou uma troca de tiros e a possível morte de seu colega.
Essa vida de policial é boa... mas não é fácil. Se o policial estivesse sem o apoio do colega, poderia ter sido alvejado pelo meliante.
Assunto muito interessante e foi o melhor contexto em que vi esse vídeo até hoje (desculpe por desenterrar, não resisti). Não é raro ver policiais que se saem muito bem no treinamento e nas competições e que na hora do "pega pra capá" simplesmente "colam as placas". Há quem prefira estar ao lado de um colega que usualmente é subestimado pelos pares, porém nas situações de grande estresse o sujeito mantém o equilíbrio, faz excelentes análises e encontra saídas por vezes notáveis. É evidente sequer estou generalizando tais comportamentos, somente chamando atenção ao fato de que o nosso proceder pode ser completamente inesperado, indo por vezes de encontro a algum princípio moral que achou que possuia, e que por isso não é muito inteligente julgar as pessoas sem ao menos analisar seguramente o que ela viveu.
ResponderExcluirTambém interessante esse aspecto duplo da atenção diante de situações extremas; a falta de uma atenção é ocasionada principalmente pelo excesso de atenção pontual.
Certamente a repetição, o condicionamento, é uma maneira eficaz de romper com o nosso instinto natural.
Ótimo assunto para se debater. Presença obrigatória no meio policial.
Obrigado por compartilhar de forma tão agradável.
Excelente! O detalhe na redação para rever o vídeo, foi incrível!
ResponderExcluirPerfeito, eu não sou policial mas sou a favor sempre da polícia. Vendo o vídeo várias vezes eu achei q os tiros foram dados pelo policial q vinha a frente. Não? Independente de quem efetuou os disparos foi uma excelente ação.
ResponderExcluirPassei por situação parecida a um ano e pouco atras. Sou Vspp. TRABALHAVA em SP com um empresário de Londrina PR. Só que na minha situação enquanto um tentava tirar a atenção muito bem vestido o outro veio para pegar. Graças a Deus estou aqui para relatar isso e eles não. Como disseram...o co stante treinamento buscando situações adversas em stand foi que consegui pensar diferente de meu parceiro
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